quinta-feira, 27 de dezembro de 2007



É costume no Brasil que chamemos os mais velhos pela alcunha de "seu", antes do nome próprio. É óbvio que é um derivado de senhor, mas qual o caminho que levaram os senhores a serem conhecidos como "seus"?
O fato é que os escravos e trabalhadores das antigas fazendas adotaram para o nome "senhor" a corruptela "sinhô", mais adaptado às nasaladas línguas africanas. Quando o elemento africano encontrou o elemento caipira, o nome mudou mais uma vez, mesmo que pouquinho, e transformou-se em "siô", que pode vir de um trejeito tão próprio de nossos sertanejos que é a abreviação de palavras. Com a urbanização das principais cidades brasileiras, o elemento caipira foi obrigado a migrar para ganhar o seu pãozinho do dia-a-dia. Em um esforço para formalizar a sua fala, algumas palavras do caipira mudaram a sua forma, donde notamos a transformação de "siô" para "seu", inicialmente em respeito aos patrões e mandatários do trabalho, e depois, em respeito àqueles mais velhos, sem distinção social.

Depois a gente não é caipira!

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