domingo, 27 de julho de 2008

Empinando sonhos



A pipa lá no alto tem um quê de sonho
Pois há uma tênue linha, de costura ou destino
Entre parar e marchar - à frente, ao céu.

Há também na pipa uma tal de saudade
Ela distante, sujeita a todo tipo de ventos e brisas
Ainda assim, há uma linha que nos une.

A pipa carrega também uma criança
Sem peso, interior, agora livre, agora risonha
Cores mil, pulula por vezes sem controle

Que saudade tenho da criança no meu sonho
Que sonho tem a criança na sua saudade!
Que criança não tem saudade num sonho?

E toda vez que a pipa empinar
A criança sonhadora saudade terá.

A diferença é que existe uma linha.
A puxar, a unir, a mandar a saudade pra lá, bem longe
No azul distante.

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