Há muito saí de meu berço de velhos tijolos
Terra Mater de minha existência conceitual
O maior celeiro de índios da extinta Vera Cruz
Por tempos, nação das muralhas de operários e seca fumaça
A paradoxal província dentro do centro
Meu velho lugar, zê-éle, Formosa é a vila
Saudosa maloca
Ainda vive sem mim, Mooca
E nesse reclamar insistente,
Ainda vive também, ó Vila Prudente
Como se tivesse enterrado um tesouro de piratas
Desde que as deixei, estão ainda iguais;
Em exílio, aprendi e apreendi de fato o mundo
E dele comecei a fazer parte
As longitudes e latitudes da minha mente aumentaram
Virei homem, sujeito-homem, H.Aço
Cabra-homem, bicho grilo, bicho solto
Hoje sou diferente
Portanto,
Homem sensível coberto de sedimentos do mundo
Que ventou em mim, na primeira vez que encontrei-o
Na primeira vez que me vi sem lugar
Sem identidade geográfica
Perdido, órfão de meu universo pessoal
Mas, renovar é preciso
E, sabe o exilado que depois de muito tempo volta ao seu país,
e sente que não mais pertence àquele lugar?
Pois é.
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